A RAPARIGA NO GELO, Robert Bryndza
A Rapariga no Gelo
Robert Bryndza
Editora: Alma dos Livros
Nem sempre os clichés são maus.
Bryndza dá-nos um macabro crime, uma investigadora com traumas e problemas de sociabilização, uma família misteriosa e disfuncional, um bom punhado de suspeitos, um jogo de poder nas altas esferas superiores da polícia...Tudo já visto, certo! Mas não é por se ter os melhores ingredientes na cozinha que se consegue fazer um prato de jeito (e eu que o diga…).
A Rapariga no Gelo agarra desde o início, com uma contextualização capaz e um cenário muito bem construído. O grotesco crime impressiona-nos e interessa-nos cada vez mais, à medida que se vai ramificando em novos e inesperados mistérios
Erika Foster, a investigadora principal e personagem central da obra, é nos desenhada com grande mestria, com uma caracterização discreta e natural que nos faz aproximar dela de forma gradual, sem nunca nos sentirmos forçados a viver com ela esta aventura. Aliás, este é um dos pontos mais positivos de Bryndza: a capacidade de criar um cenário e uma base de personagens âncora para a saga vindoura, sem parecer forçado nem exagerado.
Os pontuais ângulos do(a) assassino(a), em meia dúzia de capítulos do livro, ajuda à atmosfera de “pressão”, perigo e imprevisibilidade.
O desvendar do mistério (twist?) é positivamente surpreendente, mas o final do livro e toda a “cena de ação" achei mais apropriado a um guião de série ou filme do que a uma obra literária.
Confesso que este foi um livro que li muito influenciado pelos bookstagrammers, a quem, neste caso agradeço!
É um bom livro para quem, como eu, gosta de thrillers e deixou-me com água na boca para os próximos livros da saga.
NOTA: 7/10

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